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O maior hangar da América Latina

Em 1997, num terreno com aproximadamente 400 mil metros quadrados, a VASP começou a construção do que seria o maior hangar do continente.
Na verdade a obra seria composta por três hangares apoiados na estrutura de quatro edifícios paralelos.
Cada hangar teria 150 metros de largura por 200 metros de comprimento.
Para efeito de comparação, o hangar 1 da antiga sede da VASP em Congonhas possui 50 metros de largura por 50 de comprimento.


O hangar de Guarulhos foi planejado para abrigar simultaneamente 24 aviões (oito em cada hangar), sendo dois MD11, dois Airbus A300 e quatro Boeings 737.
De acordo com o arquiteto responsável, se a VASP resolvesse colocar apenas Boeings 737, caberiam 36 aviões simultaneamente dentro dos hangares.

 

Outro ponto que chamava a atenção nos hangares de Guarulhos era a altura livre prevista de 30,8 metros, o correspondente a um edifício de 10 andares.

Os quatro edifícios paralelos que sustentariam os hangares e os três edifícios de fundo foram planejados para abrigar todos os serviços que as aeronaves demandam.
Cada edifício teria seis andares, além do térreo e, em cada andar, uma passarela com quatro metros de largura, interligando todo o conjunto.

 

Os dois edifícios internos, por estarem mais próximos das aeronaves, foram planejados para receber oficinas de apoio, como chapeamento, plástico e epóxi, interiores, pintura de componentes e instalação do pessoal ligado ao serviço de revisão, como biblioteca, manuais, salas de descanso, ferramentaria e outras.

Os dois edifícios também receberiam, cada um, quatro elevadores de carga para até três toneladas.

O projeto previa ainda 10 elevadores de passageiros, escadas de emergência, sanitários e copa, além de toda a área administrativa.

No térreo dos dois edifícios laterais ficariam as áreas complementares das oficinas.

A obra completa previa uma capacidade total de 6 mil funcionários.

As construções seriam erguidas em concreto armado e treliça metálica. A cobertura em forma de shed (como um serrote) permitiria a perfeita circulação de ar e entrada de luz, mas não de sol, proporcionando um conforto térmico e luminoso no local de trabalho.

 

Os oito painéis que formariam as portas de cada hangar deslizariam lateralmente, possibilitando uma abertura de 100% da boca. 
 

Cada painel de 18,75m de largura por 30,8m de altura e 90 cm de espessura seria feito com uma armação interna de tubos de alumínio revestida com painel composto de alumínio.
O material leve possibilitaria o recolhimento com motor para a frente de cada edifício.
Parte das portas receberia vidro, o que permitiria uma boa iluminação mesmo com o hangar fechado.

Como o local da construção estava localizado muito próximo ao rio Baquirivu, foram previstas duas estações de tratamento de efluentes, uma doméstica e uma industrial.

Assim, todos os resíduos gerados no hangar, como óleo, tinta, graxa e detergentes, receberiam o devido tratamento antes de chegar ao rio.

Além dos hangares, estava previsto um outro edifício de aproximadamente 60 mil metros quadrados, com 15 metros de pé direito livre, o que corresponde a um prédio de 5 andares.

Esta área seria destinada a abrigo do setor de suprimentos e da manutenção de equipamentos de apoio no solo (rebocadores, etc.) e equipamentos de rampa (escada, contaires de carga, etc.)

Ainda neste edifício seria montada uma oficina de motores completa, capaz de executar todo o ciclo de reparo de motores.

A área receberia ainda oficinas auxiliares, como galvanoplastia, marcenaria, máquinas operatrizes e outras.

A ideia deste projeto era suprir , durante muitos anos, as necessidades da VASP, que na época estava em franco crescimento e expansão nacional e internacional.

 

Hoje, o que se vê é o esqueleto da obra, abandonado há tantos anos, e que, num futuro poderá se tornar o novo terminal de cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo - Guarulhos.

© 2015 - 2016 by Na Viagem

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